Desigualdade e Inclusão Social - Por Sergio Nogueira

Desigualdade e Inclusão Social

Por Sergio Nogueira

Como na maior parte dos países, a sociedade brasileira está dividida em camadas sociais distintas. São nítidas as diferenças entre elas, caracterizadas por aspectos relacionados à renda, moradia, educação, saúde, ao trabalho, entre outros.

No Brasil, está dividida em Classe Alta, Classe Média Alta, Classe Média, Classe Média Baixa e Classe Baixa ou Classe A, B, C, D ou E. Em termos práticos, esta classificação possui um significado muito grande, variando entre um poder aquisitivo milionário e, de outro lado, privações sub-humanas.

O Brasil figurou no ano de 2005, como o oitavo pior pais do mundo, no que toca à desigualdade social. Na América Latina, é o quarto pior país em desigualdade social, segundo recentes relatórios da ONU. Em Dourados, com seus quase 200.000 habitantes, não é difícil visualizar estes dados, principalmente quando se visita as periferias, os bairros mais pobres e afastados do centro comercial, onde as carências de ações do governo são alarmantes.

Diante destes fatos, pergunta-se: esta disparidade socioeconômica é natural ou pode ser alterada, a partir de ações voltadas para este fim?

Em minha visão, passar por privações que limitam ou amargam a vida não é destino de ninguém. Isto é o resultado de um modelo econômico e político que não se importa em cuidar dos mais necessitados e que não distribui igualmente os recursos que a natureza dispõe. Uma minoria fica com os lucros e a maioria fica com os prejuízos.

Muitas sociedades venceram a desigualdade crônica e com ela, seus problemas correlatos. Não é fácil, mas acredito que com educação de qualidade, serviço de atendimento à saúde, desenvolvimento de frentes de trabalho, a dignificação do trabalhador e incentivos fiscais às empresas que produzem para o desenvolvimento comunitário, são algumas das formas pelas quais isto poderia se dar. A isto chamo de inclusão social.

Sem esta educação de qualidade, por exemplo, proporcionadas pelas redes públicas a quem não pode subsidiar seus estudos em escolas particulares, como poderiam as pessoas de baixa renda superarem suas condições de pobreza?

Algumas profissões, por mais que exista esforço do trabalhador, não são valorizadas da mesma maneira que outras. Além de revisar isto, é preciso democratizar o acesso àquelas que verdadeiramente proporcionam uma mobilidade social significativa, como é o caso do exercício da medicina, da engenharia civil, do direito, entre outras.

Concluo ressaltando que lutar contra os males que afligem nossa população, diminuindo as desigualdades sociais, constitui-se como dever não apenas do Estado, mas de toda a sociedade civil, principalmente das Igrejas que defendem a bandeira do Evangelho.

Pastor Sergio Nogueira



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