Que país é esse que não tem jeito?

11/06/2013 09h09 - Atualizado em 11/06/2013 09h09

Por: Sarah

Quem já viu ou coleciona fotos antigas, poderia pensar comigo um instante. Imagens da Avenida Marcelino Pires, da Hayel Bon Faker e da Rua Coronel Ponciano nos revelam um pouco das tremendas mudanças que ocorreram nos últimos 50 anos. Nossa cidade cresceu, e com ela, seus desafios. Novos bairros surgiram, ampliando a necessidade de urbanização (água, asfalto, esgoto, iluminação, arborização, etc.), novos postos de saúde, novas escolas, igrejas, parques de lazer, novos postos de trabalho, indústrias e por aí vai.

Este crescimento geográfico e populacional me lembra dum ditado: a criança cresceu, a roupa que ela tinha não lhe cabe mais. Como acompanhar as incessantes e crescentes demandas que resultam deste crescimento?

Não existem fórmulas mágicas, mas alguns princípios que são fundamentais para alcançar nossos objetivos. Entre outras coisas, precisamos refazer os cálculos dos valores necessários para a sociedade que queremos. Se ontem tínhamos uma população de 150 mil habitantes, hoje ela passa de 200 mil. Para a educação, as escolas construídas nas décadas passadas ficaram pequenas; para a segurança pública, o contingente da força policial se tornou insuficiente; as despesas orçamentárias se multiplicaram em todas as áreas. Na medida em que o tempo passa, mais e mais se cobra de nós, munícipes de Dourados. A disposição para novas responsabilidades precisa crescer, a partir de uma sabedoria que pense em um crescimento equilibrado e sustentável.

Em segundo lugar, é preciso pensar de forma antecipativa. Que queremos dizer? Existem dois tipos de políticas públicas: aquelas voltadas apenas para interesses imediatos e eleitoreiros de quem as promove; e aquelas estruturais, que se dão a partir de um planejamento de curto, médio e longo prazo, bem mais exigentes que a primeira forma. Esta forma de pensar é fundamental para conquistas duradouras.

Para tanto, e não em último lugar - pois os caminhos do desenvolvimento são múltiplos -, é imprescindível a participação da população, nos processos de solução dos problemas sociais. Audiências públicas, sindicalização de classes, representação, requerimentos aos parlamentares, sugestões de projetos políticos, acompanhamento da atuação dos agentes públicos, são formas necessárias deste envolvimento. As reivindicações que partem do povo e para o povo são forças legitimadoras que a gestão pública precisa - tanto a executiva quanto a legislativa -, para promover as mudanças e inovações necessárias rumo ao desenvolvimento de todos.

Por uma razão especial, o país e a cidade que não tem jeito não é o nosso país. Nosso povo sabe acreditar, demandar, superar desafios e encontrar soluções.

  • Vereador Sergio Nogueira


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