Da Igreja para a Câmara - Por Ed Henriques

Da Igreja para a Câmara

Como pastor evangélico nesta cidade, diretor de uma Casa de Recuperação de Dependentes Químicos, preocupado com a política douradense

Fonte: Por Ed Henriques

Por que um pastor na política?

Como pastor evangélico nesta cidade, diretor de uma Casa de Recuperação de Dependentes Químicos, preocupado com a política douradense, ouço frequentemente pessoas perguntarem: um pastor pode se envolver com política?

Imediatamente eu respondo: se ele tiver competência para isto, e possuir uma grande sensibilidade humana para tanto, ele não somente pode, mas deve!

Esta pergunta, na verdade, esconde um equívoco inconsciente: a ideia de que um líder religioso, pastor ou padre, não tem muito do que contribuir no âmbito administrativo ou legislativo da Cidade. Qualquer outro profissional estaria mais preparado do que ele, para o exercício de tais funções.

Ora, por qual razão um médico deveria se envolver com política? E um professor ou um agropecuarista? Por quais razões um engenheiro, um bombeiro, um empresário ou um farmacêutico deveria disputar um lugar na Câmara de Vereadores da cidade?

Pelas mesmas razões que habitam o coração de um líder religioso: a sensibilidade pelas dores de seu povo e a consciência de que, havendo comprometimento e boa vontade, é possível fazer mais do que o que está sendo feito.

Soma-se a isto experiência, capacidade administrativa e uma equipe de assistentes técnicos, capazes para a função.

Ora, um líder religioso é um administrador. É ainda um educador, um mediador para solução de conflitos, projetista de sonhos e de futuro. A extensão destas capacidades é variável, mas, sem sombra de dúvidas, o sacerdócio exige múltiplas qualidades.

O pastor batista Martin Luther King entrou para a vida política e ficou conhecido como um dos mais importantes líderes por direitos humanos do século passado. “Eu tenho um sonho...”, dizia ele. Tratava-se de um sonho democrático, político e bíblico, onde a discriminação, a pobreza e a desigualdade social se transformassem em peças de museu, sendo superadas pela ação comprometida de gente que ama sua gente. Ele viveu e morreu por isto.

Inúmeros exemplos poderiam confirmar minha posição. Que mais dizer? Se eu pudesse fazer parte da vida política da minha cidade, eu faria. Não somente faria, como já estou fazendo.


Pr Ed Henriques

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